.....antes morto que vermelho.....

EM CADA LAMPIAO...HÁ UM CABRÃO

terça-feira, 30 de outubro de 2007

MAGICO 3 - Peixeiros - 0

O F.C. Porto regressou ao seu Estádio do Dragão para colocar o oitavo carimbo no passaporte que tem permitido à equipa de Jesualdo Ferreira andar de vitória em vitória, nesta Liga 2007/08. Os adversários directos vão soluçando, numa viagem constante à procura da identidade certa, enquanto os adeptos portistas se deliciam com obra feita na casa do Dragão. Triunfo convincente (3-0), oito pontos de vantagem sobre o segundo classificado, em oito vitórias consecutivas, com oito golos de Lisandro.

Oito pontos à maior após uma exibição convincente, alicerçada na melhor entrada em cena do líder do campeonato, frente a um Leixões demasiado macio (3-0).

Havia vários condimentos para apimentar este encontro, várias análises à espera de confirmação nos primeiros minutos. Tanta coisa para se perceber e tão pouco tempo para fazê-lo. Quem não acreditava na facilidade do F.C. Porto em ultrapassar o oitavo obstáculo na caminhada vitoriosa na Liga ficou sem argumentos em oito minutos. Entre um abrir e um fechar de olhos, as redes do Leixões abanaram por duas vezes.

Em dia de trabalho, os adeptos retardatários não assistiram ao que de melhor a festa reservava, no regresso dos dragões ao seu palco, um mês depois do triunfo frente ao Boavista (2-0). Tanto tempo à espera do reencontro com os campeões nacionais, para uma amostra tão repentina do imenso potencial técnico da equipa orientada por Jesualdo Ferreira.

O Leixões apresentou o figurino habitual, a atitude brava que tem acompanhado os «bebés» neste regresso ao escalão principal, mas a fragilidade latente diluiu expectativas num ápice, quando Marco Cadete teve um corte deficiente que colocou a bola ao alcance de Lisandro López. O melhor marcador da Liga 2007/08 ainda ajeitou o esférico com o braço, de forma dissimulada, antes de inaugurar o marcador.

Ainda se gritava golo nas rádios quando Tarik colocou uma pedra sobre o assunto, após entendimento com Lucho e uma levitação impressionante sobre toda a defensiva do Leixões. Estava feito, pensaram os adeptos do F.C. Porto, mas não só estes. Entre as duas mil almas que fizeram a viagem desde Matosinhos, seriam poucos os que acreditavam numa reviravolta, adivinhando a segunda derrota consecutiva da sua equipa na prova.

Com uma primeira parte de contínuo luxo, o líder do campeonato justificou o preço dos bilhetes e lançou uma séria ameaça de goleada das antigas, mas os tempos são outros. O adversário não perdeu a cabeça, manteve a rédea curta sobre os dragões e aconselhou ao descanso prolongado, até ao apito final. Helton foi assistindo ao jogo à distância. Ao minuto 24, Roberto ainda acreditou no sucesso do seu cabeceamento, mas faltaram centímetros para acertar no alvo. Foi isto e pouco mais, numa equipa abnegada mas sem qualquer pingo de génio na noite do Dragão.

Carlos Brito arriscou tudo ao minuto 72, ao trocar o lateral Marco Cadete pelo avançado Tales, mexeu num argumento que parecia irremediavelmente concluído e acabou por lançar as bases para o oitavo golo de Lisandro na Liga, após assistência de Quaresma. Um golo consentido e mais uma ameaça, nos pés de Paulo Machado, na despedida cinzenta do Leixões. A noite estava preenchida de azul e branco.

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