.....antes morto que vermelho.....

EM CADA LAMPIAO...HÁ UM CABRÃO

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

A Um passo da qualificação

Marselha-F.C. Porto, 1-1
Magia branca

O arranque do F.C. Porto foi assombroso num estádio que se mantinha em erupções repetidas, procurando intimidar os visitantes e espicaçar os seus jogadores. Em escassos 20 minutos, Raul Meireles disparou para golo, valendo os desvios milagrosos de Mandanda e o poste direito da baliza francesa para evitar a consumação da superioridade portista.

O domínio era evidente e mantinha o Marselha em sobressalto, em constante desassossego, num afã desorientado incompreensivelmente premiado pela fortuna. O F.C. Porto estava demolidor, variando o sentido dos seus ataques, diversificando soluções, congeminando e executando em velocidade. Faltava apenas o clique final, a explosão, a perfeição que se pressentia em cada jogada.

Após o intervalo, Jesualdo Ferreira lançou Hélder Postiga para dar ainda maior presença ofensiva aos truques dos magos de branco. E o F.C. Porto não necessitou de mais de cinco minutos para conceber três chances de golo, com Lisandro a cabecear para mais uma grande defesa de Mandanda, Quaresma a rematar com muito perigo e Postiga, isolado brilhantemente por Raul Meireles, a acertar na rede lateral.

Começava a ser desesperante para os portistas. Tamanha demonstração de força, espírito colectivo e qualidade merecia muito mais. Merecia, por exemplo, vitória antecipada e descanso precoce, merecia, quem sabe, a robustez de uma goleada. Nunca a incerteza. Jamais a desvantagem, que chegaria no minuto 69. Saída dos pés de Niang, avançado do Marselha que, no derradeiro minuto da primeira parte, teve uma entrada brutal sobre Raul Meireles, estranhamente merecedora de atitude benevolente do árbitro.

Mesmo chocando de frente com o azar, quando voava a grande velocidade, o F.C. Porto foi capaz de manter-se confiante, insistindo no seu futebol entusiasmante. Numa dessas maquinações, Lucho isolou Lisandro, que acabou derrubado por Mandanda, o herói marselhês. Grande penalidade, cobrada com classe pelo capitão. Justiça mínima? Mal menor? Pouco. Mesmo muito pouco. A magia branca justificava bastante mais.

FICHA DO JOGO

UEFA Champions League (Grupo A - 3ª jornada)

Estádio Vélodrome, em Marselha
Árbitro: Manuel Mejuto González (Espanha)
Assistentes: Yuste Jiménez e Calvo Guadamuro
4º árbitro: Fernandez Borbalan

MARSELHA: Mandanda; Bonnart, Zubar, Faty e Givet; Cana «cap.» e Cheyrou; Niang, Valbuena e Zenden; Cissé
Substituições: Zenden por Arrache (55m), Givet por Taiwo (67m) e Cissé por Ayew (88m)
Não utilizados: Hamel, Oruma, M’Bami e Moussilou
Treinador: Eric Gerets

F.C. PORTO: Helton; Bosingwa, Stepanov, Bruno Alves e Fucile; Paulo Assunção, Lucho González «cap.» e Raul Meireles; Mariano Gonzalez, Lisandro Lopez e Quaresma
Substituições: Mariano Gonzalez por Hélder Postiga (46m), Raul Meireles por Leandro Lima (70m)
Não utilizados: Nuno, Pedro Emanuel, Cech, Sektioui, Bollati
Treinador: Jesualdo Ferreira

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Niang (69m) e Lucho González (78m, g.p.)
Disciplina: Cartão amarelo a Niang (72m), Stepanov (74m) e Mandanda (77m)



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